Zagueiro Lúcio afasta o perigo contra o Equador
Mais de uma década separam
Neymar e
Pato de
Julio Cesar e
Lúcio, respectivamente. A diferença de idade e, principalmente, a experiência em grandes competições trazem respaldo na hora das decisões. Assim pensa o técnico da seleção brasileira Mano Menezes.
Acreditando nisso, o treinador resolveu dar mais poder aos jogadores da defesa da
seleção brasileira. Apesar do time ter levado dois gols na
vitória sobre o Equador, na quarta, Mano Menezes evitou críticas ao setor. A estratégia do treinador é ganhar confiança dos jogadores mais experientes do time para a fase decisiva da
Copa América, que começa neste domingo para o Brasil, contra o Paraguai, às 16h (horário de Brasília).
Com a entrada de
Maicon, que foi pedida por Lúcio e Julio Cesar, a média de idade dos jogadores da defesa é de mais de 29 anos. O ataque formado por Neymar, Pato e Robinho têm média de 22 anos.
“O jovem ainda oscila mais na hora da decisão que os experientes. A mescla entre experientes e jovens é a medida certa. A juventude te leva a arriscar mais, não ter medo de errar, não aceitar nunca a derrota e se contrapor. Mas para isso você precisa ter um respaldo de jogadores mais experientes”, explicou Mano Menezes.
Defesa é setor mais velho do time de Mano:
O processo de envelhecimento da seleção de Mano Menezes começou após a
derrota para a Argentina, em novembro de 2010. No amistoso seguinte,
contra a França, o técnico chamou o goleiro Julio Cesar, 31 anos, e o lateral Maicon, 29. Depois, para o
jogo contra a Escócia, em março, Lucio, 33 anos, foi convocado e virou capitão.
Tudo sobre a Copa América
A chegada dos veteranos,
oriundos da era Dunga, expôs um choque de gerações na seleção. O comandante da seleção até ensaiou diminuir o poder do grupo dos mais velhos. A medida, entretanto, foi revista. Após os primeiros tropeços na Copa América, os
empates com a Venezuela, na estreia, e com o Paraguai, na segunda rodada,
Lúcio cobrou mais seriedade dos demais jogadores, o que constrangeu os mais novos no time.
Apesar de
criticar o modo como o recado foi dado pelo capitão, de forma clara e aberta à imprensa, Mano Menezes
acabou cedendo ao grupo de remanescentes da era Dunga. Uma prova disso foi a entrada de Maicon no lugar de Daniel Alves. “Não tiro nem deixo de tirar um jogador quando penso que a decisão deve ser essa. Não vejo como fator determinante para o Maicon ter entrado o fato dele jogar na Inter de Milão (com Julio Cesar e Lúcio)”, disse o treinador.